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Transforme informação em diferencial com a gestão do conhecimento

[Via Endeavor por Endeavor Brasil]

Imagine a seguinte situação: você tem um funcionário experiente, que já acumula um bom tempo de casa. Ao longo desse período, ele conheceu tudo ou quase tudo o que há para se conhecer do seu negócio, da sua cultura. Diferenciais, valores, procedimentos, clientes, etc. Porém, por algum motivo, você se vê obrigado a demiti-lo. E aí? O que acontece com o conhecimento que ele adquiriu? É dele ou da empresa? Se você já passou por isso, sabe como a questão é complicada. E foi para descomplicá-la que elaboramos um artigo sobre um tema que, quando bem aplicado, pode evitar problemas e criar vantagens competitivas aos seus negócios: a gestão do conhecimento.

Afinal, dizem – e nós concordamos – que estamos na era do conhecimento. Ou seja, o período em que o acesso à informação já se generalizou por meio da internet e de outras tecnologias de compartilhamento; a informação está em todo lugar. E este é o período em que as pessoas começam a selecionar melhor estas informações, muito mais preocupadas com a aplicação destas informações, de modo a transformá-las em conhecimento de fato. E é por isso que você tem que tratar a questão com todo o cuidado. É por isso que não pode prescindir de uma boa gestão do conhecimento.

Mas o que é gestão do conhecimento?

De acordo com este artigo do Sebrae, é o conjunto de atividades que possibilita que você crie, registre, compartilhe, proteja e use os conhecimentos mais importantes, sempre com o objetivo de gerar inovações e trazer resultados melhores para sua empresa.

A definição de Camila Pires, da Indigo – Rede de Desenvolvimento, vai no mesmo sentido. Neste e-talk sobre gestão do conhecimento, ela afirma que se trata de estimular o compartilhamento, a colaboração, o armazenamento e, enfim, a proteção do conhecimento da sua empresa.

E como é que eu aplico isso na prática?

O primeiro passo é avaliar de que forma você trata a informação no seu dia a dia. É preciso colocar antigas práticas em perspectiva, redefinir alguns hábitos. De acordo com Camila Pires, é fundamental que ocorra uma mudança de postura para que você enxergue o intangível, para que identifique as oportunidades que esta nova conjuntura oferece. O intangível, neste caso, é precisamente o conhecimento que pode ser útil aos seus negócios.

A especialista aponta para o fato de que, assim como a informação, o conhecimento está em todo lugar: no seu ambiente de negócios, no relacionamento com seus públicos de interesse, nos documentos e processos, e principalmente nos seus colaboradores.

Há casos em que o conhecimento é explícito, como nos documentos e relatórios; são realizados com o intuito de orientar sua gestão com informações relevantes. Porém, para promover uma gestão do conhecimento efetiva, você deve ficar atento a questões a que, provavelmente, não costuma dar tanta atenção.

Acredite, não é nada do outro mundo. Basta incorporar alguns hábitos rotineiros que provavelmente você conseguirá gerenciar o conhecimento de forma muito mais eficaz. Para te ajudar, reunimos algumas dicas:

Ouça sua equipe – do bate papo no cafezinho às conversas miúdas no elevador, seus colaboradores sempre têm algum conhecimento significativo para sua gestão. Destas relações espontâneas podem surgir novas ideias de negócio, iniciativas inovadoras de um funcionário, etc. Por isso, procure estar sempre atento a estas atividades. Reuniões periódicas, nas quais funcionários apresentam projetos e ideias, também podem contribuir um bocado.

Saiba identificar o conhecimento que vale a pena – Isto tem tudo a ver com o momento do seu negócio, e com o diferencial que ele propõe. Se você é uma startup, pode acionar suas antenas para tudo o que disser respeito a relacionamento, por exemplo. Se sua empresa já está em fase de crescimento, pode procurar o conhecimento crítico em questões de capital mais estruturado, e assim por diante.

Parece um pouco com a elaboração de uma monografia ou de uma tese sobre um tema específico. Se você já passou pela experiência, vai perceber que, com o tema na cabeça, fica mais fácil encontrar o conhecimento que pode ser útil nos lugares (e nas conversas) mais improváveis.

Promova o engajamento de colaboradores e parceiros – Essa se relaciona com a primeira dica. Procure se aproximar naturalmente das pessoas que compõem sua organização; estimule a troca entre elas e estimule os ganhos. Quando isso acontece, fica mais fácil engajar sua equipe no sentido de compartilhar o conhecimento, de gerenciá-lo.
Afaste-se de modismos – Esteja sempre alinhado com os seus objetivos de negócio. Procure implementar práticas de gestão do conhecimento que correspondam à sua cultura empresarial. Afinal, nada garante que aquilo que funcionou para uma organização específica vai funcionar para outra.

Reconheça as iniciativas pioneiras em sua equipe – Dificilmente toda a sua organização adotará práticas de gestão do conhecimento ao mesmo tempo. Por isso, demonstre reconhecimento àqueles que se anteciparem; valorize suas atitudes, divulgue os resultados destes esforços para toda a equipe, de forma a estimular naqueles que ainda não adquiriram estes hábitos.

Entendido! Algum exemplo do que eu posso fazer na prática?

Claro, estes devem ajudar:

– monitore continuamente as leis e as regulamentações do setor em que sua empresa atua: isso por meio de jornais, ferramentas de pesquisa, etc
– adquira o hábito diário de acessar sites e portais especializados: neles, você pode se informar sobre pesquisas, inovações e novos mercados
– promova benchmarkings periodicamente: procure sempre saber o que outros empreendedores do seu setor andam fazendo
– Organize cases: sempre que um projeto for bem recebido pelo cliente, monte um business case para compartilhar com sua equipe – pode ser uma apresentação de Powerpoint contendo detalhes do projeto, como objetivos, cenário, expectativa do cliente, solução oferecida, etc;

Com essas informações, é provável que sua gestão do conhecimento ganhe em eficácia e qualidade. Porém, tenha sempre em mente que cada empresa tem uma forma própria de incorporar estas práticas. Adote-as, mas respeite as suas especificidades, e as de sua equipe.

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A nova gestão do conhecimento

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